O que é a Geologia?
A Geologia ( do grego Geos = Terra e logos = estudo) é a ciência que estuda a Terra, suas rochas, minerais e os processos que moldam o planeta. Imagine que a Terra é um grande quebra-cabeça, e a Geologia é como se fosse o manual que explica como as peças se encaixam e como o quebra-cabeça foi montado ao longo de milhões de anos. A Geologia nos ajuda a entender como a Terra se formou, como ela muda e como essas mudanças afetam o meio ambiente e a vida que conhecemos, ou seja, Geologia é a ciência que estuda os processos que ocorrem no interior do globo terrestre e na sua superfície. É uma ciência relativamente nova, surgida no século XVIII. No Brasil, os primeiros geólogos diplomaram-se em 1959.
Ela é talvez a mais variada das ciências naturais. Estuda a Terra como um todo, sua origem, composição, estrutura e história, bem como os processos que deram origem ao seu estado atual e os que governam as transformações que ocorrem no presente. Estuda também a vida que sobre ela existiu e que se encontra registrada nos fósseis, que são restos ou vestígios de animais e plantas preservados nas rochas. Na maioria dos casos, o geólogo faz isso em uma área restrita, que pode ser, por exemplo, um município, uma porção do estado, um ambiente geológico favorável à existência de um determinado minério etc.
Curso de Geologia
O curso universitário de geologia compreende algumas disciplinas que são uma extensão ou revisão de assuntos vistos no Ensino Médio e outras que são profissionalizantes. Entre as primeiras podem ser citadas: desenho, inglês, matemática, química, física e biologia. Como disciplinas profissionalizantes devem ser citadas: mineralogia, cristalografia, petrografia, petrologia, tectônica, sedimentologia, geoquímica, geofísica, geologia econômica, paleontologia, hidrogeologia, geotécnica, fotogeologia, topografia e geologia estrutural. Como toda ciência, a geologia liga-se a outras áreas profissionais, havendo campos de atuação mista. Temos, por exemplo, geofísica, geoquímica, geomatemática, geoestatística, geologia ambiental, engenharia de minas, geologia de engenharia (ou geotécnica) etc.
A graduação em geologia dura normalmente cinco anos e no final os alunos fazem o chamado trabalho final de graduação. É um trabalho semelhante ao que muitos farão depois de formados, necessário para obtenção do diploma. Durante o curso, são feitas viagens a diversos locais para conhecer diferentes tipos de rochas e minerais; para aprender a descrever um afloramento (local onde aparecem rochas); a anotar os dados na caderneta de campo; a usar mapa, bússola e fotografias aéreas; a descrever e fotografar as estruturas geológicas que, por seu porte, não podem ser vistas em amostras de rocha; e outras atividades típicas da profissão.
A Geologia usa conceitos das Ciências Exatas para entender melhor o planeta. Na Geologia, a Matemática é usada para analisar dados e criar modelos de processos naturais. Por exemplo, cálculos matemáticos ajudam a prever como os terremotos podem se comportar ou como as rochas se formam. A Física ajuda a entender como os processos naturais, como sismos e vulcões, funcionam. Ela explica como as ondas sísmicas viajam através da Terra e como as forças internas afetam as rochas. A Química é importante para estudar os minerais e rochas, já que cada mineral tem uma composição química específica. Entender essas composições ajuda a conhecer melhor as propriedades e os processos que formam as rochas. A Estatística é usada para analisar grandes quantidades de dados, como amostras de rochas. Isso ajuda a identificar padrões e fazer previsões sobre eventos geológicos. A Computação permite criar simulações e modelos dos processos geológicos. Softwares ajudam a visualizar como os processos naturais afetam a Terra e a prever possíveis mudanças.
O bacharel em geologia pode trabalhar só em escritórios ou laboratórios, mas normalmente sua atividade alterna períodos no campo com períodos no escritório, o que permite uma saudável mudança de rotina. O trabalho de campo é mais cansativo, mas propicia um contato íntimo e agradável com a natureza.
Um dos seus principais trabalhos é o mapeamento geológico, atividade típica dessa profissão. Nele, o geólogo percorre a área a ser mapeada, geralmente de carro, mas também a pé (quando há locais de difícil acesso, quando a área a ser mapeada é pequena ou quando o trabalho é de muito detalhe). À medida que percorre essa área, ele vai descrevendo as rochas que encontra, coletando amostras e fazendo suas anotações na caderneta de campo. Com esses dados, o geólogo elabora o mapa geológico, onde estão representados os diferentes tipos de rocha e as relações entre eles, documento este muito útil para diversas finalidades, até mesmo fora da geologia. De posse de um mapa geológico, o geólogo pode definir as áreas mais favoráveis para fazer pesquisa mineral, ou seja, para procurar um bem mineral em particular. Se ele quiser encontrar carvão, por exemplo, vai pesquisar onde há rochas sedimentares, nunca em rochas ígneas ou metamórficas.
Outro trabalho importante é em hidrogeologia, setor em que o geólogo faz pesquisa para encontrar água subterrânea. Como as águas superficiais são cada vez mais poluídas e, em certas regiões (como o Nordeste do Brasil), muito escassas, é importante abrir poços tubulares para aproveitar a água do subsolo. O hidrogeólogo trata do gerenciamento dos recursos hídricos, supervisiona e orienta a construção de poços.
Nas minas o trabalho do geólogo também é importante, porque, embora o minério já tenha sido ali descoberto, é preciso definir bem seu volume e sua distribuição. À medida que ele vai sendo extraído, podem surgir locais onde se esperava que ele existisse, mas não existe. Ou ao contrário: pode aparecer em locais onde não se esperava. Essa pesquisa de detalhe é, portanto, importante para orientar a lavra.
A área de geotécnica é um amplo campo de trabalho para o geólogo, pois inclui a construção de estradas, túneis, viadutos, barragens, edifícios etc. Aí é importante seu trabalho junto com o engenheiro civil, porque ele vai dizer se o solo é adequado à construção daquelas obras e o que deve ser feito para garantir a estabilidade das construções.
No sensoriamento remoto os geólogos utilizam recursos como fotografias aéreas, imagens de satélite e de radar para mapeamento geológico de solos, de vegetação, de áreas cultivadas etc.
Na geoquímica o geólogo planeja (e, às vezes, executa) a coleta de amostras de solo, rocha, água e sedimentos de corrente (areias do fundo dos rios) e determina onde esse material deve ser coletado. De posse dessas amostras, ele as manda para o laboratório a fim de determinar que porcentagem possuem do elemento químico que se está procurando ou para ver quais elementos químicos são nelas mais abundantes. Com isso, obtém dados que permitem dizer, com maior ou menor certeza, se há na área estudada uma jazida. Pode ser dividida em geoquímica sedimentar, geoquímica orgânica, geoquímica ambiental etc.
Muito ligado à geoquímica está o mais novo campo da geologia, a geologia médica. Ela investiga a ação de elementos químicos cuja presença ou falta em um determinado ambiente provoca danos à saúde humana. Um exemplo é o excesso de flúor nas águas naturais da região produtora de fluorita em Santa Catarina, que causa fluorose, um problema na dentição humana. Contaminação dos rios por mercúrio em áreas com garimpos de ouro é outro exemplo.
Na geofísica os geólogos e físicos medem propriedades como magnetismo, densidade, propriedades elétricas ou radioatividade das rochas para detectar presença de minérios, principalmente de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre, chumbo, zinco, ouro, molibdênio etc.). Estudam o campo magnético terrestre (intensidade, configuração e variação), o fluxo de calor interno da Terra e o movimento das ondas sísmicas, que estão associadas aos terremotos. A geofísica combina geologia com física para solucionar problemas como descoberta de reservas de gás, petróleo, metais e água.
A geologia marinha é uma área de trabalho relativamente nova. Esse ramo da geologia estuda as variações do nível do mar e o relevo do assoalho oceânico.
A sondagem não é um ramo da geologia, mas é um método de pesquisa que exige conhecimento bem especializado. Ela compreende a perfuração de poços com diâmetros entre 2,5 e 75 cm e profundidade de até 1.000 m - ou bem mais do que isso se for para petróleo - para coleta de amostras do subsolo ou para a produção de água, petróleo ou gás.
Uma área de trabalho relativamente recente e muito ampla que se abriu para os geólogos é a geologia ambiental, responsável pela coleta e análise de dados geológicos visando a evitar ou solucionar problemas oriundos da intervenção humana no ambiente natural. Trabalhando com técnicos de outras profissões, os geólogos atuam na prevenção de enchentes, escorregamentos de terra e erosão; na escolha de locais para instalação de depósitos de lixo, cemitérios, aeroportos, núcleos residenciais, fábricas etc.; na detecção e delimitação de áreas poluídas no subsolo; na delimitação de áreas de preservação ambiental, como parques, nichos ecológicos, florestas, nascentes de rios, locais de interesse arqueológico etc.; na delimitação também de áreas impróprias para a construção, como encostas de alta declividade e áreas de solo instável; no planejamento da expansão urbana; na solução de conflitos causados pela mineração em áreas urbanas (pedreiras, por exemplo); na elaboração de planos diretores municipais; na recuperação de áreas degradadas pela mineração etc.
Um dos sub-ramos da geologia ambiental é a geologia urbana, que trata dos impactos, geralmente caóticos, gerados sobre o ambiente, quando o crescimento descontrolado das cidades ocasiona catástrofes que afetam diretamente a qualidade de vida da população. Atualmente o geólogo ambiental tem trabalhado bastante na elaboração de Relatórios de Impacto Ambiental - Rimas, exigidos antes da execução de grandes obras. A geologia ambiental é, portanto, um vasto campo de atuação profissional, inclusive para profissionais autônomos.
Dentro da pesquisa mineral, a pesquisa do petróleo é uma área muito especializada, que exige intenso treinamento. É atendida principalmente pela Petrobras e, ao contrário da geologia ambiental, oferece oportunidades em relativamente poucas regiões do país.
A paleontologia trata da vida pré-histórica, estudando os fósseis animais e vegetais. Eles são importantes indicadores das condições de vida existentes no passado geológico, preservados por meios naturais na crosta terrestre. Alguns, como os foraminíferos, são importantes na pesquisa do petróleo. Geólogos que preferem ficar na cidade podem trabalhar em laboratórios, descrevendo amostras de rocha ao microscópio, ministrando aulas em universidades, fazendo estudos de economia mineral etc.
Na pesquisa universitária há geólogos que se especializam em petrologia (estudo da origem, estrutura, ocorrência e história das rochas, bem como das mudanças que nelas ocorrem); mineralogia (estudo dos minerais, suas propriedades químicas e físicas, usos e modo de ocorrência); cristalografia (estudo das formas externas e da estrutura interna dos cristais naturais ou sintéticos); sedimentologia (estudo dos depósitos sedimentares e das suas origens, das feições apresentadas pelas rochas que podem indicar os ambientes que existiam no passado para assim entender os ambientes atuais); geomorfologia (trabalha com a evolução das feições observadas na superfície da Terra, identificando seus principais agentes formadores e caracterizando a ação de agentes como vento, gelo, água e geleiras, que afetam bastante o relevo terrestre); geologia estrutural (estudo das deformações das rochas, comparando e classificando as formas obtidas. Geólogos estruturais são capacitados para localizar armadilhas estruturais passíveis de conter petróleo).
A crescente participação da informática nos trabalhos de geologia tem exigido a presença dos geólogos também no setor de geoprocessamento, que inclui tanto o trabalho com dados estatísticos como o tratamento de imagens de satélite. Após um bom tempo de experiência profissional, é normal que alguns geólogos assumam cargos de chefia na empresa ou órgão em que trabalham e passem a exercer suas atividades apenas em escritório ou com idas ao campo somente para visitar as áreas de atuação das equipes que gerenciam.
A Geologia da UFAM possui 21 professores, cada um especializado em uma dessas áreas descritas.
Quem Emprega Geólogos?
O trabalho do geólogo envolve normalmente muita atividade ao ar livre, fora da cidade. Mas nem todos trabalham assim, pois precisa-se de geólogos em trabalho de escritório, laboratórios, salas de aula etc. Conforme o local de trabalho desse profissional, pode-se falar em geologia de campo, geologia de mina, geologia de poço, geologia de estradas etc.
A maioria dos geólogos trabalha em empresas públicas (federais, estaduais e municipais), órgãos do governo, universidades ou empresas de mineração. Os que trabalham como autônomos são, na maioria, profissionais recém-formados que, pela dificuldade de conseguir um emprego, montam um pequeno negócio ou então geólogos diplomados há um bom tempo, já experientes.
As empresas que empregam mais geólogos no Brasil são as estatais, como o Serviço Geológico do Brasil - CPRM e a Petrobras. Nas duas o ingresso se faz por concurso público.
A CPRM é a empresa brasileira que mais tem geólogos em seus quadros (são mais de 400) e a que tem a maior área de atuação. Atua em todos os setores da geologia - exceto mineração e pesquisa de petróleo - e em todos os estados. Já a Petrobras atua em todo o Brasil, mas concentra suas atividades nas áreas ricas em petróleo (Rio de Janeiro, Bahia e Sergipe, principalmente). A Vale, que antes era uma empresa estatal, emprega muitos geólogos e produz principalmente minério de ferro (sobretudo em Minas Gerais e Pará).
A Agência Nacional de Mineração - ANM (antigo Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM) também emprega muitos geólogos. Ela atua em todo o país e fiscaliza a produção e comercialização (inclusive exportação) das substâncias minerais no Brasil. É ela também que fiscaliza a pesquisa mineral, fazendo cumprir o Código de Mineração.
Há também os órgãos de proteção ambiental, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, da área federal, e órgãos similares nas esferas estadual e municipal. As universidades que mais contratam geólogos são naturalmente as que possuem curso de Geologia, como UFRGS, USP, Unisinos, USP, UFBa, UFPA, UFRJ e UFOP, entre outras.
A Câmara dos Deputados (Brasília) contrata geólogos para assessoria técnica. A Polícia Federal tem hoje mais de 30 peritos criminais que são geólogos. Um deles inclusive chefia o Instituto Nacional de Criminalística daquele órgão. Os governos estaduais costumam ter secretarias, empresas de mineração e outros órgãos que também empregam geólogos. Servem como exemplo as secretarias de meio ambiente e de obras públicas. As prefeituras municipais das capitais e das cidades interioranas de maior porte costumam ter geólogos também, principalmente nos órgãos ambientais.
A Amazônia é uma área onde ainda há muito a ser feito em termos de levantamentos geológicos. É na Amazônia que fica a Serra dos Carajás, uma fantástica província mineral, com importantes jazidas de ferro, manganês, ouro, cobre, níquel e outros metais.
Há ainda empresas de sondagem, de geotécnica e microempresas. Essas últimas têm atuado com frequência na elaboração de relatórios de impacto ambiental (Rimas) e em estudos de impacto ambiental (Eias). Na iniciativa privada existe um rol imensos de empresas que contratam geólogos nas diversas áreas explicadas lá em cima. Você pode ter uma noção das empresas aqui por exemplo. O salário varia entre 5mil - 12 mil reais (atualização em setembro/2024) para vários cargos dentro das empresas.
Equipamentos Usados pelo Geólogo no Campo
Sabe o símbolo dos dois martelos no começo da página? É o símbolo mundial da Geologia e ele representam o martelo geológico, pois é o principal instrumento de trabalho do geólogo. Ele é um símbolo da profissão. Trata-se de um martelo diferente, próprio para quebrar rochas e minerais. Com cabo revestido de náilon para permitir que seja segurado com firmeza, é fabricado com uma liga metálica especial de alta resistência, a qual sofre desgaste, mas sem soltar lascas. O martelo de geólogo é inquebrável em uso normal e é formado por uma peça só, não tendo cabo separado do resto.
Outro instrumento que o geólogo sempre leva para o campo é a bússola, usada não apenas para se orientar mas também para medir a direção e a inclinação (mergulho) de camadas, veios e fraturas. A bússola de geólogo possui um clinômetro, dispositivo para medir inclinações e que permite também, através de um cálculo trigonométrico simples, determinar a altura de um morro, edifício etc.
A caderneta de campo é fundamental para o geólogo. Nela, ele anota tudo o que vê de importante, marca as distâncias percorridas, descreve paisagens, rochas, minerais e fósseis, a direção e o mergulho das camadas, desenha afloramentos, registra as hipóteses de trabalho etc.
Os mapas topográficos são também indispensáveis quando se vai fazer um mapa geológico. Neles, o geólogo anota os pontos visitados e as estradas percorridas, além de representar com diferentes cores os locais correspondentes às diferentes rochas que encontrou. No trabalho de pesquisa mineral, o geólogo pode ir para o campo com um mapa geológico já pronto para detalhar melhor as informações que ele contém.
As fotografias aéreas são extremamente úteis antes do trabalho de campo e durante sua execução. No escritório, elas são usadas para separar os diferentes tipos de rocha (com base nas variações de cor e textura), que podem ou não ser bem identificados nessa fase. Depois, no campo, faz-se uma verificação, visitando alguns locais para confirmar se a separação feita no escritório está correta. Elas servem, além disso, para o geólogo se orientar, localizar estradas, vilas, rios, morros etc.
Máquina fotográfica é também importante, porque uma foto pode dar informações que nem o melhor desenhista poderia colocar na caderneta de campo e um número de dados muito maior do que a melhor descrição escrita. Uma lupa de dez aumentos é igualmente importante para identificar minerais que aparecem na forma de grãos muito pequenos. Ela costuma ser amarrada num cordão e levada no pescoço, porque é pequena e usada com frequência.
Esse equipamento todo e, às vezes, amostras de rocha são carregados numa mochila, outro equipamento importante para o geólogo.
Como equipamento útil, mas nem sempre necessário, podem ser citados também ácido clorídrico (para identificar minerais como a calcita e rochas como o mármore e o calcário), canivete (para testar a dureza de minerais), fita adesiva (para identificar as amostras de rocha coletadas), cantil, estojo de primeiros socorros, óculos de proteção, réguas, ímã e outros. Outros materiais e objetos podem se mostrar necessários, dependendo da região e das preferências individuais do geólogo.
Em regiões de difícil acesso, como a Amazônia ou desertos, é importante o uso de rádio transmissor-receptor e de soro antiofídico. Além de um equipamento inventado há pouco tempo, mas que hoje já corriqueiro: o GPS (Global Positioning System). O GPS é um aparelho que capta sinais de satélites que estão em órbita em torno da Terra e informa as coordenadas do local onde se está. Ele é extremamente útil para regiões de mata fechada, desertos ou áreas com poucas estradas. Também é importante quando os mapas da região onde se está trabalhando são muito antigos e desatualizados.
Esse equipamento todo costuma ser fornecido pela empresa para a qual o geólogo trabalha, mas o martelo e a lupa são instrumentos indispensáveis já durante o curso, de modo que, quando se forma, todo geólogo costuma ter o seu.
Aspectos Legais da Profissão
A profissão de geólogo está regulamentada no Brasil pela Lei n° 4.076, de 23 de junho de 1962. Essa lei diz que são competências do geólogo ou engenheiro geólogo:
- trabalhos topográficos e geodésicos;
- levantamentos geológicos, geoquímicos e geofísicos;
- estudos relativos às ciências da terra;
- trabalhos de prospecção e pesquisa para cubação de jazidas e determinação do seu valor econômico;
- ensino das ciências geológicas nos estabelecimentos de ensino secundário e superior;
- assuntos legais relacionados com suas especialidades;
- perícias e arbitramentos referentes às matérias das alíneas anteriores.
É também atribuição desses profissionais, segundo a citada lei, o disposto no item IX, artigo 16, do Decreto-Lei nº 1.985, de 29 de janeiro de 1940 (Código de Minas), que trata da elaboração do relatório final de pesquisa, referente a uma área objeto de alvará de pesquisa. O exercício da profissão é fiscalizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, onde todos os geólogos devem estar registrados, sob pena de incorrer em exercício ilegal da profissão. O salário mínimo de um profissional da categoria tem o valor de nove salários mínimos nacionais. Esse valor é devido ao geólogo com jornada de trabalho de oito horas.
O Dia do Geólogo é comemorado no Brasil em 30 de maio.
Fonte: https://www.sgb.gov.br/o-geologo-e-a-geologia
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